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14 de set. de 2011



De onde vem o tricô?



Difícil precisar quando a arte com 2 agulhas começou a ser exercitada.
Mas afinal, quem 'inventou' o que é Tricô?


As suas origens remontam aos primórdios da humanidade e da sua necessidade básica em 'cobrir' seus corpos para proteção contra as agruras do frio ou do calor.


Ao longo da evolução o tricô deixou de ser um elemento de proteção e passou a ser considerado 'hobby'.


A grosso modo podemos definir o tricô como sendo um pedaço de tecido optido a partir da trama tipo 'rede fechada, sem nós' com fios e com movimentos de agulhas para tramá-los.
Ao contrário de tecelagem, a 'malharia' não requer um tear nem equipamentos de grande porte, o que permitia executá-lo em qualquer lugar tornando-se uma técnica valiosa para os povos nômades.


O mais antigo artefato com aparência de malha 'tricotada' que se term registro é um tipo de meia. Acredita-se que as meias foram as primeiras peças produzidas utilizando técnicas semelhantes para tricô. Estas meias foram trabalhados em Nålebinding , uma técnica de fazer tecido, criando múltiplos nós ou laços com uma única agulha e linha. Muitos desses itens de vestuário existentes empregou técnicas nålebinding, alguns deles são muito semelhantes aos verdadeiros tricô.


A maioria das referências sobre  tricô remetem a sua origem a algum lugar do Oriente Médio, de onde se espalhou para a Europa por rotas comerciais do Mediterrâneo, e depois para as Américas com a colonização européia.


Os primeiros exemplos conhecidos de tricô foram encontrados no Egito e cobrem uma gama de itens, incluindo fragmentos de lã coloridos  e meias de algodão, que foram datados entre os séculos 11 e 14  AC.

Meia tecida com a técnica Nålebinding encontrada no Egito. Data aproximada 400 a 300 AC.
Um breve relato histórico:
O tricô na Europa da Idade Média.

O mais antigo artefato em tricô encontrado na Europa foi desenvolvido por artesãos muçulmanos que trabalhavam como  empregados de  familias cristãs e nobres da Espanha. Estes artesãos eram habilidosos tricoteiros. (Sim porque tricotar era um ofício masculino).


Vários itens deselvolvidos por estes 'mestres' das agulhas foram encontrados   nas tumbas na Abadia de Santa Maria , um monastérios  próximo o Burgos, na Espanha.  Entre estes itens foram encontradas  capas de almofada de malha e luvas  na tumba do príncipe Fernando de la Cerda, que morreu em 1275. A capa de almofada de seda foi tricotada em aproximadamente 20 pontos em 2.5 cm.


Várias outras peças de vestuário e acassórios em 'malha tecida' , também datados do século 13, têm foram encontrados em outras igrejas na Espanha.


Diversas pinturas da Europa medieval,  datadas do século 14,   retratam o tricô  num contexto histórico e religioso dentre os quais  obra de Tomaso de Modena, Nossa Senhora Tricotando.

Em pequisas e buscas arqueológicas foram localizados muitos fragmentos de tecidos de tricô por várias cidades espalhadas pela Europa como Londres e Newcastle, na Inglaterra, Oslo, na Noroega, Amsterdam, na Holanda e Lübeck  na Alemanha.


Como dito no inicio do nosso bate papo, as primeiras peças tricotadas nos primórdios desta arte  foram as meias, ou seja um 'tecido tubular', sem avesso, e sempre no 'ponto meia ou jersey' . Até então o ponto tricô era desconhecido.


Os primeiros pontos tricô ou avesso do ponto meia conhecidos aparecem em meados do século 16,  em meias de seda tecidas 'aberta' (com 2 agulhas) para  Eleanora de Toledo, esposa de Cosimo de Medici. Neste período também surgem os primeiros pontos rendados.


Durante o reinado de Elisabeth I na Inglaterra a produção de meias tecidas em seda e lã finíssima passou a fazer parte de uma 'cadeia produtiva' dos  menos favorecidos, visando a geração de renda.  Escolas de tricô foram criadas para ensinar o ofício de tecelão de meias visando a exportação de um artigo de luxo. Meias tecidas na Inglaterra foram enviadas para a Holanda, Espanha e Alemanha.


A Revolução Industrial e o tricô

Em 1589, um clérigo inglês de nome de William Lee criou a primeira máquina de tricô.  Sua máquina foi projetada para fazer meias e foi uma invenção verdadeiramente notável. Muitos teares modernos ainda são baseadas na tecnologia utilizada no modelo original William Lee.


Com o advento da revolução industrial, o tricô à mão deixou de ser tão popular, mas sobreviveu às máquinas de tecer.


O tricô na 'era moderna'

A I Guerra Mundial fez 'renacer' o tricô manual como forma de ajudar a aquecer as tropas. Os cartazes a seguir 'convoca' as mulheres americanas a tececerem meias para os soldados no front. Até as crianças se engajaram neste gesto solidário de apoio às tropas.





Como lã era um material escasso a idéia era reciclar peças antigas (desmanchar) e tecer meias, gorros e luvas para os soldados.

A mesma idéia de tricotar para aquecer os combatentes foi difundida na II Guerra Mundial  como um esforço.






1950 a 1960: o tricô na moda.

Após os anos de guerra, o tricô foi novamente impulsionado como item de moda com a retomada da produção de fios ' inovadores e revolucionários'.


Foi nesta década que os Twin Set (conjunto de blusa com mangas curtas ou sem mangas acompanhadas por casaco tecido na mesma cor criado por Coco Chanel na década de 20) caíram no gosto popular e passaram a ser um ítem obrigatório do guarda- roupa 'fashion'.  Como nem todos podiam se dar ao luxo de comprar um twin set de chachemir ou angora, os fios sintéticos se prestavam muito bem para fazer algo bonito e barato.


A febre do tricô chegou às escolas e meninas eram ensinadas à tricotar e desenvolver esta habilidade de modo profissional. O tricê deixa novamente de ser para muitos para se tornar uma fote de renda.


1970 a 1980


Quem não se lembra dos casacos estilo trapézio, das blusas listradas ou dos ponchos?


1980 a 1990 (2000?)

O declínio do  tricô manual começou na década de 1980, quando se podia comprar uma blusa ou casaco tecidos à máquina  gastando menos do que se gastaria para comprar o fio. O que dirá então perder tempo tecendo uma meia?


Tricotar à mão deixou de ser atraente pois as mulheres não tinham 'tempo a perder'. Tricotar ficou relegado às pessoas desocupadas....


2001 - A volta por cima


Desde a virada do século, o tricô manual vem paulatinamente aparencendo na moda e na mídia. Graças ao interesse crescente em se valorizar o tradicional, o único e exclusivo o tricô manual  voltou a circular nas mãos de muitas  mulheres e homens em busca de algo para 'curar' as agruras do dia a dia. Um 'santo' remédio contra o stress...


Tricotar passou a ser uma atividade social em muitos países onde pessoas se reunem em cafés para tricotar. Tricotar com o auxilio da rede mundial (internet) passou a ser uma atividade cultural e uma forma de aprender.


A indústria de fios se modernizou para acompanhar esta nova onda das agulhas e  todos os dias surgem novidades no mercado de agulhas, acessórios e publicações para todos os gostos e graus de conhecimento.
Enfim, ao longo da história da humanidade as artes com 2 agulhas de uma forma ou de outra estiveram sempre presentes e tudo indica que permanecerá entre nós pór muito tempo ainda.


Neste contexto de novos fios a divisão de fios da Aslan Armarinhos e Aviamentos , a AslanTrends  fundada em 2001 tem como objetivo trazer ao consumidor brasileiro produtos inovadores e diferentes ao mercado de fios para moda e artesanato. A marca AslanTrends é identificada como referência na criação e design de fios e tem orgulho de estar contribuindo com esse mercado ao premiar pela excelência no uso de matérias-primas e de tecnologias inovadoras, ousando nas construções de seus fios e nos tingimentos exclusivos.


Boas artes com os fios da AslanTrends e até a próxima!
* texto compilado e traduzido a partir do original disponível no wikipedia.org

14 de jun. de 2011

HISTORIA DO CROCHÊ

Pouco se conhece dos primeiros idos do crochê, mas acredita-se que os primeiros trabalhos foram feitos com os dedos.
  

Alguns teorizam que o crochê evoluiu de práticas tradicionais na Arabia, América do Sul ou China, mas não existe nenhuma evidência decisiva dessa técnica antes de sua popularidade na Europa durante o século 19.

Os escritos mais velhos que se tem datam do ano de 1812 e a primeira receita de crochê publicada apareceu na revista holandesa "Penelope" em 1824.
No século 19 na França, Reino Unido e America , o crochê começou a ser usado como um substituto mais barato para as outras formas de rendas.

O preço da linha de algodão industrial estava baixando, e apesar das rendas de crochê gastarem mais linha do que as rendas de bilro e outras, o crochê era mais rápido de fazer e mais fácil de ensinar.
Durante a Grande Fome Irlandesa, freiras Ursulinas ensinaram mulheres e crianças locais a fazer crochê.

O trabalho delas eram mandados por toda a Europa e America e eram comprados pela beleza e também por questões caridosas para ajudar aquela população faminta.
Por todo o mundo, o crochê tornou-se uma indústria caseira em franca expansão, particularmente na Irlanda e Norte da França, sustentando comunidades cujo meio de vida tradicional foi devastado pelas guerras, mudanças da hábito nas fazendas , uso da terra e perda das colheitas.

Mulheres e as vezes crianças, ficavam em casa e criavam peças do vestuário e da casa para ganharem dinheiro. Esses trabalhos eram comprados principalmente pela classe média emergente.

Esses tempos fizeram o crochê ser estigmatizado como uma prática das classes baixas e não como uma técnica em si.

Aqueles que podiam comprar rendas feitas por métodos mais caros desdenhavam do crochê como uma cópia barata.

Essa impressão foi parcilamente desfeita pela Rainha Vitória que comprava renda de crochê irlandes e até aprendeu a crochetar. Crochê irlandês foi promovido mais tarde pela Madame Riego de la Branchardiere por volta de 1842 , que publicou gráficos e instruções de como reproduzir rendas de bilro e rendas de agulha via crochê, e muitas outras publicações de como fazer roupas de crochê com lã.

Essas receitas eram variadas e complexas.
A moda no crochê mudou com o fim da era Vitoriana.


As cores fortes desapareceram e surgiram as publicações com linhas brancas ou pálidas, exceto para as bolsas chiques feitas de linhas de seda brilhantes e miçangas .

Depois da Primeira Guerra Mundial, poucas receitas de crochê foram publicadas, e a maioria delas eram versões simplificadas daquelas oriundas do começo século 20.

Depois da Segunda Guerra, do começo dos anos 40 até o início dos anos 60, houve uma resurgência no artesanato, particularmente nos Estados Unidos, com muitos desenhos novos e imaginativos.

Foram usados nessas receitas linhas mais grossas do que aquelas do período anterior e muitas cores variadas foram incluídas.

A prática do crochê permaneceu primariamente uma arte da dona de casa até o fim dos anos 60 e começo dos anos 70, quando a nova geração popularizou os quadrados da vovó e incorporou cores vibrantes.

Embora o crochê tenha declinado em popularidade nos anos subsquentes, o início do século 21 tem visto o interesse pelo artesanato em geral ser revivido, como também uma grande melhoria na qualidade e variedade das linhas.

Existem muitas novidades em publicações e agora muitas lojas de linhas oferecem lições de crochê em adição as tradicionais lições de tricô.

Fonte: Wikipedia

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